Tutor de cães que atacaram gato na frente de escola de Maceió diz em depoimento que animais fogem com frequência
19/11/2024
Tutor se apresentou na delegacia e disse que animais moram em um sítio e que costumam fugir. Cachorros já estavam ensanguentados quando atacaram e mataram o gato na segunda. Cães atacam e matam gato na porta de escola em Maceió
Arquivo pessoal
O tutor de dois cães raça Bull Terrier, que atacaram e mataram um gato na frente de uma escola em Maceió, se apresentou espontaneamente na delegada nesta terça-feira (19). Ele disse que os animais moram em um sítio e que fogem com frequência. Um dos cães foi localizado e recolhido para avaliação clínica e o outro, uma cadela, está desaparecida.
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O ataque aconteceu na tarde de segunda-feira (18), no horário de aula e funcionários da escola tiveram que manter as crianças dentro da escola, para evitar novos ataques. A Polícia Civil intimou ainda outras pessoas a prestarem esclarecimento sobre o caso.
O cão, foi encontrado na casa do tutor e foi entregue aos cuidados de veterinários da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Segundo os médicos, o animal tinha vários ferimentos provocados por facadas e passa por exames.
Os cachorros, um macho e uma fêmea, estavam soltos na rua e já chegaram na porta a escola sangrando e bastante machucados, o que indica que eles podem ter sido feridos por outras pessoas antes do ataque ao gato. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento que os cachorros passam correndo, sem focinheira, possivelmente quando tinham acabado de fugir.
Ataque ao gato durou cerca de 5 minutos
O gato vivia na rua e era dócil, já conhecido dos moradores e funcionários do colégio, que o alimentavam. O ataque durou cerca de 5 minutos. "Eu fiquei bastante assustada, gritei perguntando de quem eram os animais, mas ninguém apareceu. Não tinha o que fazer, ficamos todos com medo e só nos restou presenciar o ataque ao gato, que morreu", disse uma mãe de aluno.
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Um pai que aguardava a saída do filho ainda tentou assustar os animais buzinando e acelerando o carro, mas não conseguiu. Um morador também chegou para tentar ajudar, mas todos ficaram com receio de novos ataques.
"Eu só pensava nas crianças dentro da escola e nas pessoas que passavam. Fiquei dentro do carro, assustada e nervosa. Ficamos todos com medo e revoltados com o tutor porque os cachorros agiram por instinto, eles não têm culpa. A responsabilidade é do tutor que deixou eles saírem na rua assim", lamentou a mãe do aluno.
Um dos cachorros voltou sozinho para a região onde mora, próximo ao local do ataque, e um homem foi visto arrastando ele pela coleira até em casa. O outro fugiu em direção à praça do Conjunto José Tenório e não há informações sobre ele.
O caso foi denunciado à Polícia Civil, por meio da Delegacia dos Crimes Ambientais e Proteção Animal (DCAPA). O delegado Robervaldo Davino iniciou as investigações.
“O tutor dos animais é responsável por qualquer dano ou lesão causado pelos animais, nas esferas cível e criminal”, disse o delegado.
Policiais estão realizando diligências para localizar o tutor dos animais. A Lei n° 2.140, de 2011, prevê a obrigatoriedade do uso da focinheira e estabelece regras de segurança para a condução responsável de cães de grande porte e ou de raças consideradas perigosas.
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