Criança de 6 anos morre espancada em Maceió e mãe diz que autor foi irmão mais velho, que é autista
20/11/2024
Vítima também é autista. Mãe tem 6 filhos, 5 deles são portadores de TEA. Agressão aconteceu na casa da família, no Benedito Bentes. Polícia Civil investiga o caso. Adolescente é suspeito de matar irmão de 5 anos
Uma criança de 6 anos morreu na madrugada desta quarta-feira (20) em Maceió, vítima de espancamento. O menino foi levado pela mãe até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde o óbito foi constatado. Segundo ela, o autor teria sido um irmão mais velho que é portador de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). A Polícia Civil investiga o caso.
A Polícia Militar foi acionada pelos funcionários da UPA que disseram que a criança já chegou em óbito, levado pela mãe. Ela disse a polícia que a agressão teria acontecido em casa e que o filho mais velho, apontado por ela como autor, é autista.
A mãe disse à polícia que tem 6 filhos, sendo 5 deles autistas. O que ela aponta como autor do espancamento é o mais velho deles, tem 19 anos e é autista não verbal, assim como os demais, com grau de suporte severo, e que apresenta comportamento violento, segundo ela.
Ela relatou que ficou ausente por um breve momento, quando aconteceu a agressão seguida de morte. Contou ainda que o filho menor estava respirando quando ela o socorreu.
O filho mais velho está sob custódia da Polícia Civil, mas não será preso.
"Ele não fala. É como se fosse uma criança grande, forte que não entende praticamente nada. Ele irá para audiência de custódia ainda hoje e possivelmente vai receber alguma medida de segurança, de cautela. Não tem condições de ir para um presídio ou retornar para casa", disse o delegado Artur César que estava de plantão e atendeu a ocorrência.
Vizinhos informaram que a mãe já foi denunciada por maus tratos contra os filhos. À época, um Boletim de Ocorrência foi registrado informando que as crianças andavam nuas pela casa, tinham sarna e não havia higiene no local. Além disso o denunciante disse que as crianças não recebiam a medicação adequada.
O caso será encaminhado para o delegado responsável da área que vai ouvir as testemunhas e dar prosseguimento aos trabalhos.
Polícia Civil vai investigar o caso
Ascom PC-AL
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